sexta-feira, 22 de junho de 2007

Pirates of the Caribbean At World's End


Piratas invadem o PC


É quase difícil de acreditar como nos dias de hoje filmes e jogos se amarram, mas além de alguns joguinhos portáteis, Pirates of the Caribbean não teve uma versão para consoles. A Disney Interactive Studios está compensando o tempo perdido com Pirates of the Caribbean: At Worlds End, que traz as plataformas de enredo tanto do Segundo quanto do terceiro filme. Ao mesmo tempo em que o jogo faz um sólido trabalho em capturar o visual e humor dos filmes, ele também falha em emular bem as seqüências de ação. O combate é extremamente simples, e você irá cansar de apertar a tecla de ataque bem antes de alcançar o fim do jogo.


Confira os fatos!


A primeira metade do jogo segue na tentativa do Capitão Jack Sparrow de recuperar o coração de Davy Jones para evitar tornar-se um membro de seu grupo, e isso culmina com o encontro de Jack com o Kraken. A segunda parte do jogo mostra Sparrow e seu não-tão-gracioso bando unido para dominar Lord Beckett e reconquistar o coração de Davy Jones de uma vez por todas. Mesmo se você viu o segundo filme, a estória é bastante difícil de ser seguida, uma vez que é contada através de uma miscelânea de cenas bem produzidas, mas desconexas. Você reconhecerá vários cenários e locações do filme, mas existem muitas coisas que você estará fazendo e que não estão nos filmes.A maior parte do seu tempo em At Worlds End é gasto como Jack Sparrow, embora você também possa jogar como Elizabeth, Will, e outros poucos personagens ao longo do caminho. Você irá conquistar em lutas com espadas em seu caminho para Tortuga e Singapura, o que pode soar bem, mas na verdade não é. Você tem tantos ataques leves como pesados, assim como ataque próximo, e você pode realizar combinações ao alinhar os ataques. Os inimigos literalmente aparecem do nada e mostram um pouco de resistência conforme você aperta as teclas de ataque como um louco. Você ganha novas combinações conforme você progride, mas elas não parecem muito diferentes do que as outras combinações; elas não são mais efetivas. Há também uma tecla de bloqueio, mas tem pouca utilidade porque geralmente à maioria dos seus danos virá de inimigos que te atacam por trás quando você estiver lidando com um inimigo que está em sua frente. Se você vira e confronta a pessoa que está te esfaqueando pelas costas, você terminará sendo derrubado pelo cara com quem você estava originalmente lidando. Existem várias armas, tais como pistolas, granadas, e facas, as quais ficam espalhadas pelos níveis para você usar. Infelizmente, elas não são muito úteis. As granadas funcionam bem, mas as pistolas e facas são particularmente difíceis de mirar. Se você mistura ataques, você pode aumentar sua notoriedade. O jogo dá bastante ênfase à notoriedade, mas é completamente inútil.Um nível básico é estabelecido com uma cena, e então é lhe dado seu objetivo. A partir daí, você irá correr lutar com o que parece multidões de inimigos que surgem do chão ou apenas simplesmente aparecem. Algumas vezes existem breves cenários onde você deve rapidamente pressionar a tecla que aparece na tela. Eles não são muito divertidos, e você fica concentrado demais nos cantos da tela esperando que um ícone apareça para realmente assistir ótimas seqüências de ação que estão acontecendo, mas pelo menos é algo diferente. Isso é muito mais difícil no PC porque você verá um ícone de espada e ter de lembrar não só de qual ação ele representa, mas também a qual tecla você mapeou aquela ação.Os níveis são estritamente lineares, embora seja fácil se perder porque o jogo frequentemente faz um trabalho pobre ao explicar seus objetivos. Também existem ocasiões onde o ícone para áreas de contexto-sensivel não aparece, mesmo se você estiver onde deveria. Uma seta às vezes aparecerá embaixo do seu personagem para ajudar a apontar a direção correta para você, mas isso também parece quase aleatório no momento em que aparece. Você não tem controle sobre a câmera, o que significa que você frequentemente acabará virado – ela corta de um angulo para o próximo sem aviso. Nenhum dos seus objetivos é particularmente interessante, um fato piorado com a copiosa quantidade de retornos que você estará fazendo. Você ocasionalmente consegue jogar alguns minigames tais como Pirate Dice e Poker. Esses são estritamente opcionais, mas é um belo modo de quebrar a monotonia do combate. No Playstation 2 e PC, o multiplayer competitivo deixa que você assuma multidões de inimigos em desafios com tempo marcado, e você também pode duelar com um amigo. Essas inclusões são um bom gesto, mas os resultados estão abaixo dos esperados.Das versões PC e PS2, At Worlds End é melhor no PC, embora isso não queira dizer muito. A rotação de quadros é geralmente direta em todas as versões, e existem algumas belas animações de ataque, mas não há muito mais com o que se excitar. Nenhuma das versões tem um trabalho de textura muito bom, embora às do PC estão em alta resolução. A estória é dita via cenas que usam um mecanismo interno de jogo, e enquanto os personagens de fato lembram seus equivalentes nos filmes, eles parecem muito pobres. A versão PC e PS2 tem suporte para widescreen (assim como todas as outras versões) e scan progressivo, mas falha ao não impressionar em modo algum.O áudio do jogo é sólido, embora não seja espetacular. Você não irá ouvir Johnny Depp, Keira Knightley, ou Orlando Bloom, mas vozes semelhantes que fazem um trabalho admirável de dublagem. É uma pena que não haja mais diálogos para melhorar a estória. O jogo usa a trilha sonora do filme para enfatizar a ação, aumentando ou diminuendo dependendo da situação. Não é o melhor que já se viu, mas se encaixa bem ao jogo. Os efeitos sonoros são bons, mas não há variedade suficiente neles. É garantido que, há tudo o que pode ser feito com o ressoar das espadas, mas poderia ter tido mais variedade para as deixas que seus inimigos gritam quando atacam.Dito isso, At Worlds End é um jogo que segue bastante as regras de abordagens de jogos baseados em filmes. Tem, e permite que você jogue com todos os personagens que você desejaria; ele não sai muito da plataforma dos filmes; e leva você a muitas das locações que você vê nos filmes. Enquanto alguns são bons, o jogo realmente teria se beneficiado ao assumir alguns riscos. O maior problema é que você estará jogando como um personagem legal em uma locação exótica, mas você não estará fazendo nada interessante, apenas correndo por ai e coletando itens e apertando a tecla de ataque eternamente.

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